A musicoterapia tem revelado resultados impressionantes em pacientes com demência. Descubra como funciona esta terapia alternativa para o Alzheimer
Musicoterapia e Alzheimer
O que é musicoterapia?
Tal como o nome indica, a musicoterapia é uma técnica terapêutica que usa a música como meio de tratamento. Este tratamento tem como objectivo melhorar a saúde física e também a saúde mental dos pacientes, através de estímulos provocados pela música.
Quem pratica esta terapia chama-se musicoterapeuta e é um profissional qualificado (com mestrado em Musicoterapia) por uma universidade.
A quem se destina a musicoterapia?
Qualquer pessoa pode fazer sessões de musicoterapia, desde bebés a idosos, pelas mais diversas razões. Os benefícios conhecidos desta terapia têm vindo a aumentar e são, também, cada vez mais as pessoas que recorrem a ela.
A música pode ajudar em casos de ansiedade ou outros estados nervosos e pode, até, ajudá-lo a ter uma melhor postura.
Musicoterapia - uma terapia alternativa para o Alzheimer
Em particular, a musicoterapia tem vindo a revelar-se uma terapia alternativa bastante eficaz no combate à doença de Alzheimer. Embora não seja possível reverter os danos cerebrais já causados pela doença, é possível, segundo vários estudos, atrasar o seu progresso e preservar a integridade deste órgão tão importante durante mais tempo.
Muitos estudos indicam que a a terapia para o Alzheimer através da música pode reavivar memórias longínquas que se julgavam perdidas ou outras reacções. Alguém pode ter dificuldades em encontrar as palavras certas, por exemplo, mas cantar uma música do princípio ao fim se errar na letra.
Um projecto de investigação descobriu que a parte do cérebro que retém este tipo de memória musical não é afectada pela doença.
Sabendo isto, é possível repensar os tratamentos que se têm vindo a usar no combate à doença e torná-los mais eficazes, tendo sido aberta uma nova porta à investigação.
Numa fase inicial de Alzheimer
Muitas pessoas ainda sentem prazer em cantar ou tocar um instrumento durante a primeira fase da doença. Em casa, há que encorajar estas pessoas a manter o interesse pela música. Produzir música pode ser positivo e gratificante para o doente. Outra opção passa por compilar uma lista das antigas canções preferidas do doente para que ele as possa ouvir.
O acompanhamento profissional pode, e deve, também ser alterado de acordo com os gostos do doente, procurando a forma mais benéfica de o expôr à musica.
Numa fase mais avançada, a exposição à música pode ajudar a equilibrar os ciclos de sono. Um estudo publicado no jornal Alternative Therapies in Health and Medicine foi realizado com 20 idosos do sexo masculino que tinham sido diagnosticados com a doença de Alzheimer num lar de idosos. Estes homens participaram em cinco sessões de musicoterapia durante quatro semanas.
Depois deste período, o seu nível de melatonina (a hormona que ajuda a regular os ciclos de sono) tinha subido e manteve-se mais elevado nas seis semanas que se seguiram. Muitos idosos com demência dependem de comprimidos para conseguir descansar durante a noite, pelo que esta técnica pode vir a ser uma alternativa bastante interessante.
Numa fase avançada de Alzheimer
Numa fase avançada da doença, a música pode ser usada para ajudar o doente a relaxar e a sentir-se mais confortável. Algumas pessoas com Alzheimer de grau severo ainda trauteiam palavras das letras de algumas das músicas que lhes são familiares.